sábado, 12 de fevereiro de 2011

Mulheres deram os melhores anos de vida à causa do povo


Luanda - A secretária-geral da Organização da Mulher Angolana (OMA), Luzia Inglês, afirmou neste sábado, em Luanda, que as mulheres angolanas deram os seus melhores anos de vida à causa do povo, trabalhando na clandestinidade em cidades e matas, contribuindo na luta de libertação nacional. 

 Luzia Inglês que discursava na abertura da cerimónia de homenagem as mulheres que contribuíram para a luta de libertação nacional, evento promovido pelo secretariado executivo nacional da OMA, frisou que as "bravas mulheres", de forma corajosa abandonaram as suas famílias e partiram para juntarem-se aos combatentes.
 Por isso, salientou, um grupo de mulheres angolanas unidas num espírito de solidariedade, juntaram o seu saber e experiência e, fundaram a OMA na República do ex-Congo Leopoldoville, hoje República Democrática do Povo, trabalho este, iniciado em 1961, quando inúmeras famílias refugiavam naquele país, fugindo aos horrores da guerra colonial portuguesa.

 “Um grupo de bravas mulheres angolanas, de forma corajosa, abandonaram as suas famílias e partiram para as matas, juntando-se aos combatentes para a liberdade do país, mas infelizmente, a sua juventude e o sonho de ver o país livre, foi barbaramente amputado a 02 de Março de 1967”, sublinhou.

 Por outro lado, asseverou que a rica história da OMA é profunda, tendo raízes por todo o país e, está intrinsecamente ligada á história do MPLA, com os seus sacrifícios e sucessos.
 Neste contexto, frisou que as mulheres angolanas sempre participaram e deram o seu contributo na luta para a conquista da Independência do país, estando actualmente, mais determinadas a contribuir para a reconstrução social, político e cultural da nação angolana.

 Assim, foram homenageadas as fundadoras da OMA, dirigentes daquela organização feminina a nível nacional, as primeiras mulheres mobilizadas, treinadas e enquadradas em esquadrões militares.
 Foram de igual modo homenageados, os comandantes e comissários políticos que dirigiram os esquadrões militares onde a presença das mulheres já eram notórias, os assessores cubanos que trabalhavam com a OMA e presos políticos.
 Por outro lado, foram também homenageadas, as mulheres que conduziram a travessia e salvaguarda dos grupos, nas fronteiras com o Congo Leopoldoville, Songololo, Luvu e Camuna e, entregues, diplomas de mérito às fundadoras e dirigentes nacionais da OMA, bem como rendida homenagem a título póstumo às mulheres já falecidas.
 fonte : Angola Press

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