quinta-feira, 24 de março de 2011

Livro reconstitui vida de mulher injustiçada pela história da medicina

Descendente de escravos, nascida em uma fazenda de tabaco no interior da Virgínia, nos Estados Unidos, Loretta Pleasant --que mais tarde passou a se chamar Henrietta Lacks-- descobriu que tinha câncer aos 30. Morreu em 1951, no Hospital Johns Hopkins.
Sem consentimento, uma amostra do seu colo do útero foi extraída. A pesquisa dos tecidos mostrou que as células cancerígenas possuíam uma característica espantosa. Mesmo fora do corpo, elas se multiplicavam em intervalo curto, tornando-se virtualmente imortais.
Por esse motivo, as células HeLa --iniciais da doadora-- são estudadas em universidades e centros de tecnologia no mundo todo. A vacina contra a poliomielite, contra o vírus HPV, medicamentos para o tratamento de câncer, de Aids e do mal de Parkinson foram obtidos por meio da linhagem HeLa. "A Vida Imortal de Henrietta Lacks", de Rebecca Skloot, busca reconstituir a vida de uma das mais injustiçadas figuras da história da ciência.
O livro recebeu inúmeros prêmios e foi traduzido para mais de 20 línguas. A história será adaptada para a televisão pela HBO, com produção de Oprah Winfrey e Alan Ball. Publicado no Brasil pela editora Companhia das Letras, o volume tem lançamento previsto para o dia 16 de março e está em pré-venda na Livraria da Folha.

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