terça-feira, 31 de maio de 2011

Denúncias de casos de violência doméstica chegam a mil por mês em Manaus

Todos os dias a Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher recebe, em média, 50 denúncias de caso de violência doméstica, totalizando cerca de 1 mil reclamações ao mês.
A maioria dos casos se refere às ameaças de morte e agressão física.  A informação foi dada neste domingo (29) durante o 1º Fórum sobre Violência contra a Mulher, realizado no Centro Estadual de Convivência da Família.
As estatísticas são da Polícia Civil do Amazonas.  Nos casos de homicídio, o controle fica por conta da Delegacia Especializada.  A escrivã-chefe da Delegacia da Mulher, Leila Amud, que substituiu a delegada Lia Gazineu, orientou que o primeiro procedimento em casos de violência é prestar queixa na polícia.  Dependendo da gravidade do caso, como tentativa de homicídio, o agressor pode levar pena de prisão.
Na avaliação da atual presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Ísis Tavares, é importante que as mulheres participem das discussões sociais que ajudam na informação e no combate à violência.
Segundo Ísis, muitas mulheres se submetem à agressão dos parceiros porque não possuem autonomia financeira.  Ela também pontuou que a cultura machista e o status social repelem outras vítimas de violência denunciar os agressores.
“As mulheres precisam se conscientizar que apanhar uma vez, duas vezes, de um homem violento e não se afastar disso pode acabar na sua morte”, alertou Ísis Tavares.
Dados
O serviço de denúncia Ligue 180, específico para receber queixas de violência doméstica contra a mulher, registrou alta de 112% de janeiro a julho deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados em julho do ano passado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, que criou a central em 2005.
A busca de informações sobre a Lei Maria da Penha, lei 13.340/2006, corresponde a 50% do total de informações prestadas pelo Ligue 180.  A Lei Maria da Penha completa quatro anos de sanção nesta semana.
Perfis parecidos
A maioria das mulheres atendidas têm entre 25 e 50 anos (67,3%) e nível fundamental de escolaridade (48,3%).  Nas queixas, a maioria apontou que os agressores têm entre 20 e 45 anos (73,4%) e também Nível Fundamental de escolaridade (55,3%).


Fonte : combateracismoambiental

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