domingo, 12 de junho de 2011

Shirin Ebadi, Prêmio Nobel da Paz em 2003 visita o Rio de Janeiro

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) recebeu, no sábado (11), às 18h, a ex-juíza e ativista social Shirin Ebadi, Prêmio Nobel da Paz em 2003. Ela é reconhecida em todo o mundo por seu trabalho em prol de crianças, mulheres e é a primeira iraniana a receber um Nobel. O encontro acontecerá no Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. Na ocasião, o grupo lançará a identidade visual da Quarta Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que acontecerá em 18 de setembro, na Praia de Copacabana.
Diversas lideranças religiosas, de Direitos Humanos e do Movimento Negro participarão do encontro. A CCIR entregará para a muçulmana um relatório sobre casos de preconceito e intolerância religiosa. O documento, escrito em português, será traduzido para o inglês e fársi.
Parte do relatório revela que “A intolerância religiosa perpetuou-se como uma prática naturalizada na sociedade e, infelizmente, tornou-se um traço marcante de segregação social que estigmatiza milhões de brasileiros. Desde o seu início, a CCIR recebe denúncias de cidadãos (homens, mulheres e crianças), impedidos, por força de suas condições religiosas, de utilizarem serviços públicos (…)”.
Em outro trecho do relatório, a Comissão explica que “A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) é formada por religiosos e instituições ligadas à defesa dos Direitos Humanos. (…) e que nasceu da necessidade de religiosos de matrizes africanas, na defesa de suas práticas, diante dos processos de aniquilamento e demonização por parte de religiosos neopentecostais. Outras religiões de características étnicas – como judeus, ciganos, indígenas e muçulmanos – temendo o aumento das atividades fascistas por parte desses religiosos fundamentalistas (que congregam-se com objetivo de que o Brasil torne-se uma teocracia) aliaram-se à Umbanda e ao Candomblé nesta tentativa de convivência respeitosa”.
Shirin Ebadi chegou a São Paulo no último dia 7. Hoje, estará em Brasília. Chega ao Rio no dia 10, e faz palestras em Porto Alegre nos dias 13 e 14.
“Manifestação pela Liberdade e pela Vida” na Praia de Copacabana
Copacabana se firma como palco de grandes atos em prol dos Direitos Humanos. No dia 19 de junho, a partir das 10h, na altura da Rua Siqueira Campos, a Comunidade Bahá’í do Brasil realizará uma “Manifestação pela Liberdade e pela Vida”, com apoio da CCIR.
Aproveitando a visita da Prêmio Nobel da Paz Iraniana , a comunidade escolheu o caso dos sete líderes bahá’ís que estão presos no Irã desde 2008 como um símbolo para representar todas as formas de injustiças perpetradas contra pessoas inocentes por todo o mundo.
Para ilustrar a perseguição religiosa sofrida por esses sete indivíduos, serão fincadas nas areias de Copacabana 7.747 máscaras com os rostos desses cinco homens e duas mulheres. O número equivale à soma dos dias que cada um deles está sob privação de liberdade, mantidos em condições insalubres e desumanas, além de impedidos de contribuir com o progresso da sociedade.
O Sindicato dos Bancários fica à Avenida Presidente Vargas, 502, 21º andar – Centro.

Ricardo Rubim
Coordenador de Comunicação da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP)
www.eutenhofe.org.br
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twitter: http://twitter.com/ricardorubim

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