terça-feira, 24 de abril de 2012

Lançado o catálogo Religiões de Matriz Africana e a Cartilha Pedagógica das Religiosidades de Matriz Africana e da Promoção da Igualdade Racial


O governo de Sergipe lançou no ultimo dia 20, o catálogo Religiões de Matriz Africana e a Cartilha Pedagógica das Religiosidades de Matriz Africana e da Promoção da Igualdade Racial . 

 O evento aconteceu no auditório da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe (Aease) e contou com a participação da ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, do governador Marcelo Déda, do secretário dos Direitos Humanos e da Cidadania, Luiz Eduardo Oliva, além de ialorixás, babalorixás, afrodescendentes e simpatizantes da cultura afro.
O catálogo é um pré-mapeamento dos terreiros de candomblé e de umbanda do Estado, lançado com o objetivo de ajudar a identificar onde estão localizados esses terreiros, para registro da história e d identidade das religiões de matriz africana.
Já a cartilha tem uma função pedagógica e ajuda a reforçara Lei Federal 10.639 de 2003, que obriga as escolas públicas a implementar a disciplina ‘História da África e da Cultura Afro-Brasileira’. Assim, a cartilha servirá de instrumento pedagógico nas escolas, para que a base educacional das crianças seja trabalhada no tocante à igualdade racial e ao respeito às diversidades.
A cartilha e o catálogo são fruto de um trabalho de pesquisa realizado pelo cantor e compositor sergipano Jorge Ducci, da Banda Sulanka, iniciado no ano de 2004. Neste período, o músico pesquisou e fotografou 34 casas de candomblés em Sergipe, nas matrizes Angola, Keto, Umbanda e Nagô. O trabalho culmina também com a produção de um novo trabalho musical de Ducci: o CD Xirê, que deverá ser lançado ainda este ano. O disco contém 16 músicas que retratam os orixás cultuados no país e foram criadas a partir das lendas e dos ritmos relacionados à religiosidade africana.

Preconceito
O governador Marcelo Déda reconhece a existência do preconceito em todo Brasil. “Preconceito que algumas vezes não se explicita, mas que fere profundamente àqueles que são vítimas dele”, ressaltou, em conversa com os jornalistas.
“Há preconceitos raciais e ao direito das pessoas de exercerem a sua liberdade de religião, especialmente as religiões afrodescendentes. Portanto, discutir a discriminação racial, os direitos fundamentais das pessoas e grupos humanos, construir normas, atitudes e legislações que possam romper os últimos grilhões da discriminação é uma obrigação do Estado e é um dever da sociedade. Então, Sergipe colabora quando, em parceria com o Governo Federal, lança uma cartilha e catálogo que enaltece as religiões de matizes africanas”, ressaltou.
A ministra Luiza Bairros observou que hoje existem as condições de promover, através de ações governamentais, a inclusão das pessoas negras. “O Brasil vive hoje sobre a égide do Estatuto da Igualdade Racial, que prevê como obrigação para o setor público a adoção de várias medidas afirmativas em todas as áreas da vida social. Temos instrumentos, o que falta é a escolha política dos governantes”, analisou.
Sobre a cartilha, a ministra enfatizou que o material contribui para a formação de uma nova mentalidade da sociedade. “Esse é um aspecto do nosso trabalho, que é a formação de novas mentalidades, a partir do conhecimento que leva em conta a valorização da experiência e da contribuição da população negra na construção da sociedade brasileira”, disse.
Para o secretário dos Direitos Humanos e da Cidadania, Luiz Eduardo Oliva, o lançamento da cartilha e do catálogo representa um momento importante para a política estadual de promoção da igualdade racial do Estado e, mais particularmente, para o órgão do qual é titular. “São políticas afirmativas que levam a uma maior conscientização da necessidade de permanente combate ao racismo, à discriminação, avançando sempre na promoção da igualdade racial”, pontuou.
A ialorixá Lígia Borges falou da importância do lançamento da cartilha e do catálogo: “Esse é um momento ímpar e histórico para Sergipe. Quando desenvolvemos esse material, pensamos nas escolas e em sua aplicabilidade entre os estudantes, a fim de combater o preconceito desde cedo e, assim, possibilitar que as pessoas enxerguem a contribuição da população africana no Brasil”.


Fonte: AgenciaSergipenotícias

Um comentário:

BRAZIL ANGOLA MAGAZINE disse...

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