terça-feira, 2 de julho de 2013

AUDIENCIA PUBLICA NO SENADO FEDERAL

Foto: Africa é o futuro

“A África é o futuro” e o Brasil deve dirigir um novo olhar ao continente africano, focado não apenas nas tradições comuns de seus povos, mas também no potencial econômico das nações que se encontram na vasta extensão de terra do outro lado do Atlântico Sul.

 A recomendação foi feita nesta segunda-feira (1º) pelo coordenador do Centro de Convivência Negra da Universidade de Brasília (UnB), Ivair Augusto Alves dos Santos, em audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado.

A ideia de que o continente tem uma expectativa de futuro é um consenso entre estudantes de diversos países que se reuniram nesta segunda-feira com o senador Paulo Paim (PT-RS), participantes da audiência pública “Renascimento da África, o olhar da juventude africana” para debater as dificuldades dos universitários que vêm para o Brasil em busca de conhecimento.
Ivair dos Santos observou que, dos 10 países que mais crescem no mundo atualmente, sete estão na África.

Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que são promissoras as previsões de crescimento econômico para 2013 e 2014. Para este ano, o avanço deve chegar a 4,3% e no ano que vem, 5,3%. Em destaque, o desenvolvimento de Angola, cujo crescimento deve ser superior a 10% até 2015, segundo previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ao lembrar que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer, em 1975, a independência de Angola, o presidente da União dos Estudantes Africanos em Brasília, Alberto André Carvalho Francisco, ressaltou sua preocupação com a crescente presença de países asiáticos na África. “Hoje o meu maior medo é que o Brasil esteja a perder peso dentro de Angola e da África para os tigres asiáticos.
 Os tigres estão a correr mais na África do que os brasileiros”, afirmou.

A forte presença brasileira e o pujante desenvolvimento africano foram observados pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nesta semana em visita ao continente. Obama disse não se sentir ameaçado pelos interesses comerciais e os investimentos do Brasil e da China na África. “Me parece justo o apoio da China, Brasil ou demais países. Quanto mais interesse tenham na África, mais instrumentos teremos para incorporar o continente na economia global”.

Atenção aos estudantes

Para Ivair dos Santos, é importante que as universidades brasileiras estimulem os estudantes africanos que se encontram no Brasil a mostrar a seus colegas brasileiros os progressos obtidos nos últimos anos por seus países. A divulgação dessa nova visão da África, a seu ver, ajudará ainda a colocar em prática a Lei 10.639/2003, que estabelece a divulgação da história africana nas escolas de ensino fundamental e médio. “Nas conversas com estudantes africanos, percebemos a necessidade de incluir aspectos contemporâneos no ensino da história da África. 
Atualmente, os elefantes africanos estão correndo mais rápido que os tigres asiáticos”, comparou Santos.

Eles também querem cuidado na recepção aos estudantes, atenção de suas embaixadas, e, sobretudo, a possibilidade de acesso a bolsas de estudos e estágios. Os estudantes ainda relataram profundas dificuldades com a língua portuguesa. Alguns chegam ao Brasil sem qualquer conhecimento – mesmo o mais básico da língua. Em seguida, são submetidos a provas que atestem a proficiência na língua. Se reprovados, devem retornar ao país de origem.

Paim prometeu fazer uma ponte com o governo brasileiro para assegurar diálogo com o Itamaraty sobre os vistos, sobre as bolsas de estágios e as possibilidade de concessão de autorizações para que eles façam estágios ou tenham meios para se manter no Brasil enquanto estudam.

Em contrapartida, os brasileiros podem olhar com mais atenção para o continente africano, inclusive no quesito educação: “Há universidades fantásticas no continente africano que os brasileiros desconhecem”, comentaram os estudantes.

Giselle Chassot com Agência Senado“A África é o futuro” e o Brasil deve dirigir um novo olhar ao continente africano, focado não apenas nas tradições comuns de seus povos, mas também no potencial econômico das nações que se encontram na vasta extensão de terra do outro lado do Atlântico Sul.
A recomendação foi feita nesta segunda-feira (1º) pelo coordenador do Centro de Convivência Negra da Universidade de Brasília (UnB), Ivair Augusto Alves dos Santos, em audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado.
A ideia de que o continente tem uma expectativa de futuro é um consenso entre estudantes de diversos países que se reuniram nesta segunda-feira com o senador Paulo Paim (PT-RS), participantes da audiência pública “Renascimento da África, o olhar da juventude africana” para debater as dificuldades dos universitários que vêm para o Brasil em busca de conhecimento.
Ivair dos Santos observou que, dos 10 países que mais crescem no mundo atualmente, sete estão na África.
Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que são promissoras as previsões de crescimento econômico para 2013 e 2014. Para este ano, o avanço deve chegar a 4,3% e no ano que vem, 5,3%. Em destaque, o desenvolvimento de Angola, cujo crescimento deve ser superior a 10% até 2015, segundo previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Ao lembrar que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer, em 1975, a independência de Angola, o presidente da União dos Estudantes Africanos em Brasília, Alberto André Carvalho Francisco, ressaltou sua preocupação com a crescente presença de países asiáticos na África. “Hoje o meu maior medo é que o Brasil esteja a perder peso dentro de Angola e da África para os tigres asiáticos.
Os tigres estão a correr mais na África do que os brasileiros”, afirmou.
A forte presença brasileira e o pujante desenvolvimento africano foram observados pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nesta semana em visita ao continente. Obama disse não se sentir ameaçado pelos interesses comerciais e os investimentos do Brasil e da China na África. “Me parece justo o apoio da China, Brasil ou demais países. Quanto mais interesse tenham na África, mais instrumentos teremos para incorporar o continente na economia global”.

Atenção aos estudantes


Para Ivair dos Santos, é importante que as universidades brasileiras estimulem os estudantes africanos que se encontram no Brasil a mostrar a seus colegas brasileiros os progressos obtidos nos últimos anos por seus países. A divulgação dessa nova visão da África, a seu ver, ajudará ainda a colocar em prática a Lei 10.639/2003, que estabelece a divulgação da história africana nas escolas de ensino fundamental e médio. “Nas conversas com estudantes africanos, percebemos a necessidade de incluir aspectos contemporâneos no ensino da história da África.
Atualmente, os elefantes africanos estão correndo mais rápido que os tigres asiáticos”, comparou Santos.
Eles também querem cuidado na recepção aos estudantes, atenção de suas embaixadas, e, sobretudo, a possibilidade de acesso a bolsas de estudos e estágios. Os estudantes ainda relataram profundas dificuldades com a língua portuguesa. Alguns chegam ao Brasil sem qualquer conhecimento – mesmo o mais básico da língua. Em seguida, são submetidos a provas que atestem a proficiência na língua. Se reprovados, devem retornar ao país de origem.
Paim prometeu fazer uma ponte com o governo brasileiro para assegurar diálogo com o Itamaraty sobre os vistos, sobre as bolsas de estágios e as possibilidade de concessão de autorizações para que eles façam estágios ou tenham meios para se manter no Brasil enquanto estudam.
Em contrapartida, os brasileiros podem olhar com mais atenção para o continente africano, inclusive no quesito educação: “Há universidades fantásticas no continente africano que os brasileiros desconhecem”, comentaram os estudantes.

Fonte e texto:  Agência Senado

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