sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ministra do Planeamento sublinha necessidade de diversificação da economia


Luanda – A ministra angolana do Planeamento, Ana Dias Lourenço, declarou hoje, em Luanda, que sair da economia do enclave (dependente de um recurso) com base na diversificação e transformação estrutural da economia constitui uma das prioridades dos estados.
 A governante fez este discurso no colóquio sobre “Ligação do Sector Extractivo de Enclave à Economia Doméstica Africana: A Promoção do Conteúdo Local É Uma Panaceia?”, durante a abertura do 117º Conselho Consultivo do Banco Africano de Importação e Exportação (Afreximbank).
 “Uma economia de enclave, na sua versão mais recuada e dependente, caracteriza-se por uma fortíssima dependência de toda a economia face a um sector de actividade, casos de um recurso mineral, petróleo, produto agrícola ou de matéria-prima”, precisou.
 Segundo a ministra, essa dependência é expressa através da obtenção de divisas e de receita fiscal quase em regime de monopólio, existindo um controlo de certo modo total sobre a economia nacional.
 Para a Ana Lourenço, uma economia de enclave não gera factores de dinâmica económica e é suportada por vantagens competitivas estáticas e dependente do exterior do ponto de vista tecnológico, financeiro e de mercado.
 Na sua visão, para uma economia de enclave se tornar veículo de desenvolvimento sustentável é necessário a valorização sustentável d os recursos, integrar o mercado interno, substituir as importações e alargar a base exportadora.
 Apoiar o desenvolvimento da classe empresarial nacional, o empreededorismo, fortalecer as competências dos recursos humanos nacionais e criar infra-estruturas e redes físicas, científicas tecnológicas e de telecomunicações, como suportes do processo diversificação da economia, são outros dos pressupostos mencionados pela responsável.
 O conselho consultivo do Afreximbank enquadra-se na 18ª Assembleia-geral de Accionistas do banco, a ser aberta este sábado (25). Antecede o encontro dos accionistas a primeira edição da feira denominada “Exportar Angola, Internacionalização, Promoção e Atracção de Investimentos – factores de Inovação e Competitividade”,  aberta esta sexta-feira.
 A feira é realizada pela FIL, por solicitação do Ministério do Comércio, com a promoção do Afreximbank (Banco de Importação e Exportação em África).
 Com a exposição, o Executivo aposta na criação de condições capazes de permitir as empresas nacionais um melhor posicionamento internacional e o aumento da sua competitividade exportadora.
 Aberta quinta-feira e com termo para sábado, participam na feira pelo menos 40 empresas dos ramos da indústria mineira, lacticínios, alimentar, agrícola, seguros, águas, entre outros ramos.

Fonte : ANGOP

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