quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Correios é parceiro na consolidação dos direitos humanos e no combate às desigualdades

Correios também assinaram o termo de cooperação aos Princípios de Empoderamento das Mulheres - Igualdade Significa Negócios, uma iniciativa conjunta da ONU Mulheres e do Pacto Global

 Os Correios deram  um importante passo para a consolidação de políticas públicas sobre direitos humanos no Brasil. O I Fórum dos Direitos Humanos e da Igualdade de Gênero e Raça dos Correios foi criado para contribuir com o fim de desigualdades e preconceitos históricos ainda existentes no país.
Este fórum tem o objetivo de gerar reflexão sobre temáticas de gênero, raça, orientação sexual, pessoa com deficiência, igualdade de relações no trabalho, entre outros assuntos. O evento é fruto do trabalho integrado dos Correios com as secretarias de Direitos Humanos (SDH), de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e de Políticas para as Mulheres (SPM), todas vinculadas à Presidência da República.
De acordo com o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, a empresa investe fortemente na inclusão, pois ela é um retrato vivo da nação brasileira, uma síntese de um perfil multicultural, onde estão representadas todas as raças, credos e culturas que compõem a diversidade humana.
 “As nossas agências, os nossos uniformes, os nossos selos, a nossa infraestrutura, enfim, as nossas campanhas de mobilização, todas elas serão novas ferramentas à disposição do governo federal para implementar as políticas de valorização dos direitos humanos e da igualdade racial e de gênero, bem como para combater e inibir todas as manifestações de preconceito e discriminação”, afirmou Wagner Pinheiro.
Cooperação - Na abertura do evento, os Correios assinaram acordo de cooperação técnica com a SDH, visando à implementação de ações em prol dos direitos humanos, tais como afixação nas agências dos Correios de cartazes com fotos de crianças desaparecidas; a mobilização dos carteiros para atuarem como agentes de cidadania; a garantia de que todos os funcionários tenham suas relações estáveis, sejam homoafetivas ou heteroafetivas, reconhecidas para fins de benefícios sociais e previdenciários, entre outras atividades conjuntas.
Os Correios também assinaram o termo de cooperação aos Princípios de Empoderamento das Mulheres - Igualdade Significa Negócios, uma iniciativa conjunta da ONU Mulheres - Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres e do Pacto Global das Nações Unidas, em prol da igualdade de gênero e do empoderamento das mulheres no ambiente de trabalho, no mercado e na comunidade.

Levantamento realizado pelos Correios, em dezembro do ano passado, aponta que, entre 107 mil empregados entrevistados, 42,8% se declararam negros e 55%, brancos. Segundo a pesquisa, há 23,5% de mulheres na empresa.

Autoridades – Também estiveram presentes na abertura do fórum as ministras da SEPPIR, Luiza Bairros, da SDH, Maria do Rosário, e da SPM, Iriny Lopes.
Luiza Bairros elogiou a atual gestão dos Correios, que em tão pouco tempo tem desenvolvido um bom trabalho na área de direitos humanos. “Do ponto de vista institucional, simbólico, nós temos todas as condições criadas para fazer um grande trabalho. Um trabalho que já começou, mas que com certeza precisa, nos próximos anos, se afirmar para que os Correios se afirmem e se reafirmem como uma instituição, uma empresa pública representativa da diversidade da sociedade brasileira”, enfatizou Luiza.

 Maria do Rosário destacou o papel das três secretarias, que têm um importante significado para o Brasil, “pois juntas são responsáveis por agir para que o governo federal posicione suas prioridades com um olhar para os direitos humanos, igualdade de gênero e igualdade racial”. Segundo ela, a assinatura do termo de compromisso assinado com os Correios possibilitará que toda a população tenha acesso a direitos que lhe foram negados ao longo da história.
Como exemplo da exclusão, citou que atualmente 8% da população brasileira não possui registro civil de nascimento. Uma das ações do acordo é ajudar a zerar este índice já em 2012. “Como chegar a lugares em que não há cartórios? Em que não há autoridades constituídas, às regiões quilombolas, às comunidades indígenas, ao povo do interior do Brasil? Nós queremos chegar com o uniforme azul e amarelo dos Correios”, afirmou a ministra.

Iriny Lopes disse que tem o orgulho do Brasil estar entre as maiores economias do mundo, mas que é preciso que o País cresça socialmente tanto quanto a economia, com distribuição de renda e combate à pobreza. “É esse Brasil que queremos construir e cumprir com o nosso papel de ajudar o mundo. O Brasil hoje faz parte daqueles que irão dirigir o mundo, e eu espero que a gente o dirija para melhor, para a superação das desigualdades”, concluiu Iriny.


*Crédito das fotos: Caio Nantes
Fotos Ministras : internet dominio publico

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