segunda-feira, 24 de julho de 2017

Mulheres negras celebram o 25 de julho na capital paulista




Por Mônica Aguiar 

O dia 25 , terça feira, sera marcado por várias Marchas de Mulheres Negras e atividade pelo Brasil . 
Em São Paulo sera realizará um grande ato “Mulheres Negras e Indígenas por nós, por todas nós, pelo bem viver” .
A manifestação acontece em função do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional de Tereza de Benguela - liderança quilombola reconhecida no Brasil por meio da Lei Federal 12.987/2004. Data que une mulheres negras internacionalmente, denunciando todas as opressões sofridas e pelo objetivo de superá-las.
As mulheres, em especial as negras, sempre foram protagonistas sem visibilidade, não só dos movimentos por saúde, habitação, educação - que conquistaram o SUS, os mutirões habitacionais, as lei 10.639/03 e 11.645/2008, e, recentemente, as cotas raciais na Unicamp e USP, entre outros direitos historicamente sonegados  que são marcados como prioritários na sua história de lutas, mas também em espaços acadêmicos, literários,  científicos, empresariais e executivos dentre outros,   onde são pre destinados a  sua ocupação e melhores salários em ampla maioria para população branca.  

Mas o racismo  o  machismo existentes na sociedade brasileira produzem múltiplas formas de violência que fazem com que as mulheres negras e indígenas vivam uma realidade de desigualdades e discriminações em todos os aspectos da vida. E, no último período, a intensificação das violações decorrentes da atuação em defesa de direitos, como se evidencia nos recorrentes assassinatos de lideranças quilombolas e indígenas.
A articulação de diversas redes de mulheres negras em nível nacional levou à Marcha das Mulheres Negras contra o racismo, o machismo, a violência e pelo Bem Viver, em 2015. Pela primeira vez na história do Brasil, 50 mil mulheres ocuparam as ruas de Brasília para cobrar políticas públicas e reparação pelas desigualdades estruturais enfrentadas. As demandas prioritárias das 49 milhões de pretas e pardas brasileiras foram consolidadas na Carta das Mulheres Negras 2015.
O coletivo que organiza a  Marcha das Mulheres Negras 2017 em São Paulo é autônomo e independente  e para custear a iniciativa, realizou uma "vaquinha online". Perfil de todos os coletivos que organizam atividades pelo pais no mês que marca a luta das mulheres negras.  
"No momento em que o Brasil atravessa uma grave crise política, com o desmantelamento de políticas públicas duramente conquistadas, com desmandos por parte de governos elitistas e conservadores, nós negras de São Paulo trazemos para toda a sociedade questões que nos afetam diretamente e que queremos ver enfrentadas por todas as pessoas que acreditam num novo projeto de nação", afirma o manifesto do ato.

O ato contará com as presenças do grupo Ilú Obá De Min, da DJ Luana Hansen, Mc Soffia, e diversas intervenções artísticas durante toda a marcha.
O Coletivo Luana Barbosa e a Marcha das Mulheres Negras,  estão organizando uma creche para as mães participarem da Marcha de forma mais tranquila. As interessadas deveram fazer o cadastro das crianças previamente .  

Serviço:
Dia: 25/07/2017 (terça-feira)
Concentração: às 17h00 – Praça Roosevelt
Encerramento: Largo do Paissandu
Contatos para mais informações:
Alê Almeida – dona@alealmeida.com – (11) 99259.8052
Andréia Alves – andreia.alves@hotmail.com – (11) 99141.7865
Juliana Gonçalves – jukisantos@gmail.com – (11) 98525.9387
Luciana Araújo – luciana_jornal@uol.com.br – (11) 97619.9076
Mara Minassian – malu.minassian@gmail.com – (11) 99816.8218
Nilza Iraci – nilraci@uol.com.br – (11) 99584.0637

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